A baunilha da Amazônia
Cumaru
O krem-yky é o nome em Kayapó para o Cumaru, conhecido como a "Baunilha da Amazônia" devido à sua semelhança gastronômica com a baunilha tradicional. Além de possuir alto valor nutricional, é um alimento que carrega um imenso valor cultural.
Ao conhecer o Cumaru, trocamos o uso da baunilha tradicional para adoçar as nossas bebidas. Testamos essa querida especiaria brasileira em nossos cappuccinos, cremes, bebidas geladas e ficamos encantados com a complexidade aromática que elas ganharam. Estamos felizes e animados por conhecer mais desse recurso e ansiosos para criar novas bebidas e doces com o Cumaru.
Essas sementes são coletadas de maneira tradicional por famílias do Povo Kayapó na Floresta Amazônica, localizada na região sul do estado do Pará. Essa atividade produtiva, juntamente com outras práticas, como a coleta de castanhas e o artesanato, contribuem para a geração de renda das comunidades Kayapó, que desempenham um papel fundamental na preservação de milhares de hectares na maior floresta tropical do mundo. A receita seguida com a distribuição do cumaru é destinada a doze aldeias localizadas na Terra Indígena Baú e Menkragnoti, associadas ao Instituto Kabu, no sul do Pará. Nessas aldeias, vivem 193 famílias e quase 1,5 mil homens, mulheres e crianças.
Essa parceria entre a coleta tradicional das sementes de cumaru pelos Kayapó e sua distribuição é de extrema importância para a preservação da cultura indígena e da floresta amazônica. Ao promover o uso sustentável dos recursos naturais da região, contribui-se para a manutenção do equilíbrio ambiental e para o fortalecimento das comunidades indígenas.
Por meio desse projeto, as famílias Kayapó têm a oportunidade de gerar renda por meio da venda do cumaru, um produto com alto valor cultural e gastronômico. A aceitação das sementes permite que as comunidades mantenham seus modos de vida tradicionais, preservando seus conhecimentos ancestrais e garantindo a continuidade de sua cultura.
Saber mais sobre o Povo Kayapó nos deixou encantados e entusiasmados. Não apenas pela experiência sensorial que o Cumaru pode proporcionar, mas também pela oportunidade de unir histórias tão especiais em uma receita.
