Ninho da águia 2SL
PRODUTOR: Clayton Barrosa
FAZENDA: Ninho da Águia
REGIÃO: Alto do Caparaó
VARIEDADE: Catucaí 2SL e 785
PROCESSO: Natural
Vivo, com acidez cítrica de laranja, eucalipto, doce de leite, romã, cereja, pera e laranja lima
O tempo ideal para o café revelar seu potencial
Após a torra, o café continua passando por transformações internas. Nos primeiros dias, gases como CO₂ ainda estão sendo liberados, e é comum que sabores mais ásperos, secos ou desequilibrados apareçam na xícara.
Por isso, recomendamos aguardar entre 15 a 20 dias antes de iniciar o consumo. Esse período permite que os sabores estabilizem e que o perfil do café se apresente de forma mais limpa, doce e precisa.
Cafés com maior densidade costumam evoluir ainda mais com o tempo, podendo atingir seu auge após 4 a 6 semanas.
Para preservar essa evolução, mantenha os grãos na embalagem original, bem vedada, protegida de luz, calor e umidade
Nossos cafés são torrados por demanda, e podem levar ate 1 semana para serem despachados.
ninho da águia
Clayton Barrossa sempre teve uma conexão profunda com a natureza. Nascido e criado em São Paulo, passou boa parte de sua juventude entre as ondas do litoral paulista, onde o surfe não era apenas um esporte, mas uma filosofia de vida. Foi durante esse período que desenvolveu uma sensibilidade única para os ritmos naturais, uma habilidade que mais tarde se refletiria em sua abordagem à cafeicultura.
A transição das praias para as montanhas de Minas Gerais foi impulsionada por uma conversa casual com seu tio, que mencionou que a cafeicultura permitia trabalhar por seis meses e ter liberdade nos outros seis. Intrigado pela possibilidade de equilibrar trabalho e paixão, Clayton decidiu explorar as terras da família em Alto Caparaó. No entanto, logo percebeu que a realidade da agricultura exigia dedicação integral.
Ao assumir a Fazenda Ninho da Águia nos anos 1990, Clayton trouxe consigo não apenas a energia vibrante de um surfista, mas também uma visão inovadora para o cultivo do café. Inspirado pelos ciclos naturais que tanto admirava no mar, implementou práticas agroecológicas e sistemas agroflorestais, integrando árvores nativas e frutíferas ao cafezal. Essa abordagem não apenas respeitou o ecossistema local, mas também resultou em grãos de café com perfis sensoriais distintos e marcantes.
A família sempre foi o alicerce de Clayton nessa jornada. Seu pai, Aídes Gomes Monteiro, retornou a Alto Caparaó em 2000, oferecendo apoio e sabedoria acumulada ao longo dos anos. Juntos, pai e filho consolidaram a reputação da fazenda, que hoje é reconhecida internacionalmente pela qualidade excepcional de seus cafés.
O reconhecimento veio em forma de prêmios prestigiosos, como o primeiro lugar no Coffee of the Year Brasil em 2014 e 2015, consolidando a Fazenda Ninho da Águia no cenário dos cafés especiais. Mas, para Clayton, mais do que os prêmios, é a satisfação de ver sua família envolvida e apaixonada pelo que fazem que realmente importa.
Hoje, Clayton ainda encontra tempo para pegar algumas ondas, mas é entre os cafezais da Fazenda Ninho da Águia que ele verdadeiramente surfa as maiores e mais gratificantes ondas de sua vida.
Bananeiras e cafeeiros convivem harmoniosamente em sistemas agroflorestais, onde a diversidade de espécies promove solos mais férteis e colheitas sustentáveis.
processo natural
Essa região é um pouco mais quente, e por isso Clayton seca os cafés naturalmente. Nesse processo, se estendem os frutos em camadas finas no chão para garantir uma secagem homogênea e uniforme, sem fermentações indesejadas. Com as plantas bem cuidadas, e com um solo nutrido, Clayton produz frutos cheios de qualidade